O Aço na construção
O aço é uma liga de ferro carbono com no máximo 2,1% de carbono além dos elementos residuais inerentes ao processo de fabricação, tais como fósforo, enxofre, manganês e silício. Ele é obtido a partir de uma rocha conhecida como Hematita. Nas siderúrgicas, a hematita é reduzida formando o ferro gusa, que é a liga de ferro carbono. O agente redutor é o carbono. A liga de ferro carbono com mais de 2,1% de carbono em sua composição é classificada como ferro fundido e a outra parcela é classificada como aço.
Esquema da produção do aço – alto forno
O aço atualmente é produzido em uma estrutura chamada de alto-forno. O alto-forno é um trocador de calor e oxigênio. A massa descendente (minério de ferro, coque e calcário) recebe calor da massa ascendente (ar aquecido e enriquecido com aproximadamente 25% de oxigênio). Então na região inferior do forno (mais quente) ocorre a fusão do minério de ferro e o consequente gotejamento de ferro gusa líquido. Como os minérios estão na natureza em um estado impuro, no ato da fusão as impurezas se destacarão formando o que é conhecido como escória de alto-forno ou simplesmente escória.
A escória será separada do ferro gusa por densidade (sendo menos densa que o ferro gusa, flutua sobre ele) e será destinada para utilização em cimento, fertilizantes entre outras aplicações. Já o ferro gusa, será processado para se tornar em elementos para atender às necessidades do mercado, que inclui a grande indústria da construção civil.
Propriedades do aço
Plasticidade
A plasticidade é a propriedade do material não retornar a condição inicial não deformada após a retirada da carga externa. Com isso, surgem as deformações permanentes. Esse tipo de deformação pode aumentar a dureza do material uma vez que altera a sua estrutura.
Ductilidade
A ductilidade é a capacidade do material apresentar deformações antes de se romper quando submetido a ação de carga externa. Essa característica é apreciada na engenharia , pois funciona como um aviso prévio quando a estrutura está submetida a carregamentos que excedem a sua capacidade de suporte com segurança.
Dureza
A dureza é a resistência superficial do aço, principalmente ao rico e à abrasão.
Resiliência
Resiliência no contexto do aço é a sua capacidade de absorver energia mecânica na condição elástica. Os aços de alta resiliência são as molas.
Fluência
A fluência ocorre em função de deformações plásticas que podem ocorrer em pontos de tensão. Estes pontos de tensão aparecem logo após o metal ser solicitado por uma carga constante e sofrer a deformação elástica. No fenômeno ocorre uma redução da área do perfil transversal da peça (denominada estricção). Quanto mais alta for a temperatura, maior será a fluência do aço, porque facilita o início e fim da deformação plástica. Normalmente esse fenômeno só é significativo para temperaturas superiores a 350°C, ou seja, em caso de incêndios.
Fadiga
A fadiga é a ruptura de um material que foi submetido a um carregamento cíclico ou repetido. O aço quando submetido a carregamento cíclico, mesmo sendo dúctil, rompe de forma frágil.
Corrosão do aço
No processo de corrosão, o aço reage com substâncias presentes no ar, tais como oxigênio, enxofre, dióxido de carbono, cloretos e sulfatos. Essa reação é oposta àquela que existiu na fabricação do aço, levando-o, então, para a forma de baixa energia encontrada na natureza. Ou seja, a corrosão é processo inverso ao da metalurgia.
Corrosão uniforme ou por ataque geral
Reação que ocorre uniformemente por toda a superfície.
Corrosão galvânica ou bimetálica
Aço revestido com zinco onde este último é corroído. O zinco é o metal ou anodo de sacrifício.
Corrosão por pit (Perigosa)
Corrosão localizada que produz orifícios ou pites no metal. Resulta em falhas repentinas e não esperada, pois os pites não são facilmente detectados uma vez que ficam tamponados com o produto da corrosão.
Corrosão por frestas
Corrosão eletroquímica localizada em fendas e sob superfícies blindadas onde podem existir soluções estagnadas. O corre sob juntas de válvulas, rebites e parafusos.
Corrosão intergranular
Corrosão localizada em limites de grãos altamente reativos, resultando em desintegração. A região próxima aos limites de grãos se torna anódica e catódica.
Corrosão sob tensão
Fratura causada por efeito combinado de tensão e ambiente corrosivo. Ela se inicia por um pite ou descontinuidade e se propaga perpendicularmente a tensão.
Aço para concreto armado
Categorias das barras de aço
- CA-25 – resistência última ao escoamento de 250 MPa
- CA-50 – resistência última ao escoamento de 500 MPa
- CA-60 – resistência última ao escoamento de 600 MPa
Bitolas das barras de aço
- 6,3 mm
- 8,0 mm
- 10,0 mm
- 12,5 mm
- 16,0 mm
- 20,0 mm
- 22,0 mm
- 25,0 mm
- 32,0 mm
- 40,0 mm
Bitolas dos fios de aço
- 2,4 mm
- 3,4 mm
- 3,8 mm
- 4,2 mm
- 4,6 mm
- 5,0 mm
- 5,5 mm
- 6,0 mm
- 6,4 mm
- 7,0 mm
- 8,0 mm
- 9,5 mm
- 10,0 mm
Aço para concreto protendido
Fios para concreto protendido
Conforme a resistência à tração, os fios se classificam nas seguintes categorias:
- CP – 145
- CP – 170
- CP – 175
- CP – 190
Conforme o acabamento superficial, os fios se classificam em:
- Liso – L
- Entalhado – E
Diâmetros padronizados:
- 4,0 mm
- 5,0 mm
- 6,0 mm
- 7,0 mm
- 8,0 mm
- 9,0 mm
Cordoalhas para concreto protendido
Conforme o número de fios, as cordoalhas são classificadas em:
- Cordoalhas de 3 fios
Cordoalha constituída de três fios do mesmo diâmetro nominal, encordoados juntos, numa forma helicoidal, com um passo uniforme.
- Cordoalhas de 7 fios
Cordoalha constituída de seis fios de mesmo diâmetro nominal, encordoados juntos, numa forma helicoidal, com um passo uniforme, em torno de um fio central.
Conforme a resistência à tração, as cordoalhas se classificam nas seguintes categorias:
- CP – 190
- CP – 210
Diâmetros padronizados:
Cordoalhas de 3 fios
- 6,5 mm
- 7,6 mm
- 8,8 mm
- 9,6 mm
- 11,1 mm
Cordoalha de 7 fios
- 9,5 mm
- 12,7 mm
- 15,2 mm